Hoje vamos examinar as várias personagens que trazem presentes nos Natais do mundo afora. Venha comigo!
O ensaio sobre as origens do Papai Noel e a sua não-relação com uma certa marca de refrigerantes foi um estrondoso sucesso, e muitos me pediram para aprofundar um pouco mais a exposição. Por isso, com vocês, os gift-bringers!
Guift.. o quê?
Nos estudos acadêmicos sobre as culturas, existem sistemas de classificações que possibilitam análises comparativas entre figuras e elementos presentes nos folclores e lendas. É por meio desses sistemas (dos quais o mais famoso é o Aarne-Thompson), que pesquisas como a deste artigo são possíveis.
Como eu expliquei no artigo anterior (clique aqui para ler), em todo o mundo ocidental cristianizado, a tradição natalina assumiu formas locais sincretizadas com as culturas nativas, absorvendo características das religiões e folclores dos povos mais antigos.
Foi com base no trabalho dos folcloristas que surgiu o conceito de gift-bringer (“presenteador” ou “trazedor de presentes”, numa tradução livre). Dentro dessa classificação cabe qualquer figura sobrenatural que presenteie as pessoas no tempo do solstício.

Três moedas
O presenteador mais antigo que ainda é esperado pelas crianças do século 21 é São Nicolau de Myra, um dos santos mais populares entre os que são venerados pelos cristãos. Além de sua benevolência e generosidade, Nikolas era um grande taumaturgo (que é o termo cristão para os santos que operam milagres enquanto estão vivos), o que aumentou muito mais a sua fama.
Seu hábito de presentear secretamente é justificado pelo ensinamento de Jesus que a caridade deve ser praticada em segredo, para evitar a vaidade. Na Europa oriental, onde está presente, ele entrega os mimos no dia 6 de dezembro, data da memória de seu martírio.
São Nicolau é representado usando vestes clericais: a alva, túnica branca que os sacerdotes utilizam na liturgia. A casula, espécie de manto usado sobre a alva, que pode ser vermelha, que representa seu sacrifício; branca, que representa o tempo do Natal; ou ainda dourada; que representa a importância desta solenidade.

Ele ainda traz os sinais visíveis de sua posição como bispo: sobre a cabeça a mitra, chapéu característico dos sacerdotes desse grau; bem como o báculo, uma espécie de cajado pastoril; e o omóforo, que é uma espécie de cachecol de lã de cordeiro, que era usado pelos Apóstolos.
Aqui no Brasil, São Nicolau não é muito conhecido, porque fomos culturalmente influenciados pelos norte-americanos, mas de fato, ele é o gift-bringer mais famoso e presente nos Natais deste mundo afora.
Abaixo, coloquei uma tabela onde você pode ver como ele é chamado, nos países onde está presente:
País | Nome de são Nicolau |
Alemanha | Sankt Nikolaus |
Áustria | Saint Nikolo |
Bélgica | Saint-Nikloi |
Croácia | Sveti Nikola |
Dinamarca | Sint Nicolaas |
Eslovênia | Miklavz |
Espanha | San Nicolás |
França | Saint Nicolas |
Grécia | Hágios Nikolaos |
Hungria | Mikulás |
Itália | San Nicolao |
Luxemburgo | Kleeschen ou Zinniklos |
Países Baixos | Sinterklaos |
Polônia | Swiety Mikolaj |
Portugal | São Nicolau |
República Checa | Mikulas |
Romênia | Mos Nikolae |
Suíça | Samichlaus |
Ucrânia | Sviaty Mykolay |
Da igreja para o folclore
Aos poucos, nos lugares e famílias onde as religiões pagãs eram mais enraizadas, como nos territórios holandeses, as histórias de São Nicolau foram se misturando com elementos das culturas das tribos germânicas e célticas. Assim, surgiu o Sinterklaas, uma figura folclórica muito interessante.
Representado como um velho homem, de barba branca comprida, e comportamento muito sério, Sinterklaas tem uma diferença em relação aos outros gift-bringers: ele mora no sul!
Todos os anos, ele passa os meses em sua oficina, que fica num castelo nas terras quentes da Espanha, sendo ajudado por um grupo de homenzinhos de pele escura, chamados “mouros” (uma referência ao povo miscigenado que habitava a Ibéria antes da Reconquista). Eles são liderados pelo principal ajudante de Sinterklaas, que se chama Zwarte Piet, ou “Pedro Negro”. Todos eles vestem roupas multicoloridas, como as personagens da Renascença.

Sinterklaas chega montado num cavalo branco chamado Amérigo, liderando um cortejo de mouros. Ele carrega um grande livro vermelho, onde estão escritos os nomes de todas as crianças, além de se elas se comportaram bem ou mal, durante o ano.
Aqueles que tiveram bom comportamento são presenteados com brinquedos e laranjas, uma fruta rara vinda das terras do sul. Já os bagunceiros são levados junto do cortejo para trabalhar.

Acredita-se que estes elementos tenham se originado do contato com as invasões mouras, quando este povo promovia ataques para saquear as aldeias na costa da Holanda, sequestrando pessoas para serem feitas de escravos.
Do século 20 para cá, o Sinterklaas foi absorvendo elementos da cultura norte-americana, devido aos processos de globalização comunicacional. Além disso, há muita crítica à prática de blackface na representação de seus ajudantes mouros, que é considerada uma forma de racismo estrutural.

Blim-blom, blim-blom, blim-blom! ♪♫♪
No leste, nas regiões geladas onde vivem os povos eslavos, surgiu uma figura condizente com o clima rigoroso: Ded Moroz, o “Vovô Inverno”. No início, esse velho misterioso era uma espécie de espírito feiticeiro que personificava os ventos congelantes e as nevascas. Esse arquétipo se assemelha ao Jack Frost, presente nos contos de língua inglesa.
Entretanto, com o surgimento do regime soviético, que era extremamente anti-religioso, a figura do vovô, também chamado de Morozko, foi abraçada pelo povo russo, e se espalhou pelos países de maioria eslava.
Vestindo azul, com padrões de flocos de neve e portando um cajado mágico, ele é acompanhado por sua aprendiz e neta, que se chama Snegurochka. Esse é um detalhe interessante, porque ela é a única figura feminina nas tradições natalinas (pelo menos até o século 20, com o surgimento da Senhora Claus, que aqui conhecemos como Mamãe Noel).

A chegada de Morozko e Snegurochka é anunciada pelo vento gelado que sacode os pingentes de gelo nas árvores, que soam como guizos e sinetas. Eles trazem presentes para as boas crianças, enquanto espantam a maligna Baba Yaga, uma bruxa que rouba meninos e meninas para sabe-se lá o quê. As celebrações acontecem na virada do Ano-Novo, porque o regime desaprovava os festejos cristãos de Natal.

Com o fim da União Soviética, alguns dos países fizeram esforços para alterar as representações de Ded Moroz, tentando se distanciar da cultura promovida pelo antigo regime. Assim, apareceram versões do vovô vestido de vermelho, assimilando características dos gift-bringers ocidentais. Na Romênia, por exemplo, ele é jovem e entrega os presentes sozinho.
Nesta outra tabela, você pode ver como ele é chamado em vários lugares:
País | Nome do Vovô Inverno |
Armênia | Dzmer Papik |
Azerbaijão | Saxta Babá |
Belarus | Dzied Maroz |
Bósnia | Djeda Mraz |
Bulgária | Dyado Mraz |
Cazaquistão | Ayaz Ata |
Croácia | Djed Mraz |
Eslovênia | Dedek Mraz |
Macedônia | Dedo Mraz |
Mongólia | Ovliin Ovoô |
Montenegro | Ded Mraz |
Polônia | Dziadek Mroz |
Quirguistão | Ayaz Ata |
Romênia | Mos Gerilá |
Rússia (parte asiática) | Chys Khan |
Rússia (parte europeia) | Ded Moroz |
Sérvia | Deda Mraz |
Tadjiquistão | Boboi Barfi |
Turcomenistão | Ayaz Bobô |
Ucrânia | Did Moroz |
Deixei meu sapatinho… ♪♫♪
Enquanto isso, nas partes mais ocidentais e insulares da Europa, principalmente nas ilhas britânicas, os presentes são trazidos pelo Father Christmas, o “Pai do Natal”, ou mesmo “Pai Natal”.

Nascido como uma personificação do tempo invernal (que em inglês é chamado de Yuletide), essa figura folclórica era associada aos costumes da velha religião céltica, como uma espécie de druida misterioso que surgia e desaparecia sem avisar, durante a estação das neves.
Com a miscigenação entre os celtas e os povos escandinavos, no tempo das invasões vikings, elementos da mitologia nórdica também foram sendo misturados na cultura invernal dos bretões, como as competições de quem come ou bebe mais, e o costume de deixar sapatos (ou meias) com cenouras ou frutas à noite, para que o cavalo de Odin pudesse se alimentar.

Naquele tempo o Father Christmas, não era relacionado às crianças, mas aos adultos; e aos banquetes e costumes do frio, além dos aspectos das culturas pagãs daquelas regiões da Europa. Entretanto, alguns fatores o transformaram num gift-bringer como os outros, como a cristianização da Bretanha, que se puritanizou; e a influência cultural dos Estados Unidos, mais recentemente.
As versões mais antigas do Father Christmas eram representadas vestindo verde, cor tradicionalmente relacionada ao Yule, por meio das plantas que resistem ao inverno e não perdem suas folhagens. Desta maneira, era como se seu comportamento alegre e esperançoso resistisse ao período difícil e com pouca comida. Ele usava adereços feitos com as plantas relacionadas ao período, como o pinheiro, o visco e, principalmente, o azevinho.

A figura foi levada para as colônias americanas, e logo logo ele se espalhou do lado de cá do Atlântico, se transformando na figura com que estamos acostumados por aqui.
Eu pensei que todo mundo fosse filho… ♪♫♪
Já nos Estados Unidos, no século 18 (estamos falando nos anos 1770 e poucos, por ali), populações vindas da Inglaterra trouxeram consigo a versão adulta das celebrações do Father Christmas. Nessa época, os jovens saíam pelas ruas das vilas em um cortejo com muita farra, bebendo o wassail e cantando canções populares. Os rapazes usavam enfeites de pinheiro, enquanto as moças usavam enfeites de azevinho.
Infelizmente, para a tristeza dos festeiros, os puritanos resolveram cortar o costume pela raiz: alegando que as festividades incentivavam o paganismo e o sexo desregrado, as celebrações do Velho do Natal foram proibidas.
Cem anos depois, os imigrantes holandeses trouxeram seu Sinterklaas, muito mais comportado, e a sociedade protestante americana estava pronta para aceitar o bom-velhinho de braços abertos. Juntando elementos das duas figuras, o nome foi americanizado e pegou de vez: Santa Claus.

Refletindo a mentalidade laicista daquela nação que estava surgindo na América, o Santa Claus não se vale de elementos transcendentais, sejam cristãos ou pagãos. De bispo ou mago, ele passou a ser apenas um inventor generoso, vestido com roupas de frio seculares. Com o passar do tempo, mais e mais detalhes foram sendo criados e consolidados nos costumes noelinos, como seu trenó, as renas e até mesmo uma esposa.

Essas características impulsionaram seu poder publicitário: desconectado de tradições, ele acabou sendo aceito por todos, em todos os lugares. E sendo de domínio público, foi abraçado pelas companhias daquele modelo empresarial nascente, o que acabou por levá-lo a todos os cantos do mundo, influenciando e até mesmo suplantando culturas locais em todos os continentes.
Por causa do sincretismo, juntei os nomes do Father Christmas e os do Santa Claus em uma tabela só:
País | Nome do Papai Noel |
Afeganistão | Baba Chaghaloo |
Albânia | Babai i Krishtlindjeve |
Alemanha | Weinachtsmann |
Andorra | Pare Noel |
Armênia | Dzmer Papik (como o Ded Moroz) |
Bélgica | Kerstman |
Bósnia | Bozic Bata |
Brasil | Papai Noel |
Bulgária | Dyado Koleda |
Croácia | Djed Bozicnjak |
Dinamarca | Julemanden |
Escócia | Bodach na Nollaig |
Eslovênia | Bozicek |
Espanha (Castela) | Papá Noel |
Espanha (Catalunha) | Tio de Nadal (veja mais abaixo) |
Espanha (Ilhas Baleares) | Pare Nadal |
Estados Unidos | Santa Claus |
Estônia | Jouluvana |
França | Père Noël |
Gales | Sion Corn (o “Homem da Chaminé”) |
Geórgia | Tovlis Babua |
Hungria | Télapó |
Irlanda | Daidí na Nollag |
Inglaterra | Father Christmas |
Itália | Babbo Natale |
Letônia | Ziemassvetku Vecitis |
Lituânia | Kaledu Senelis |
Macedônia | Babagjyshi i vitit te ri |
Polônia | Gwiazdor |
Portugal | Pai Natal |
Romênia | Mos Craciun |
Suécia | Julgubben |
Turquia | Baba Noel |
Uma curiosidade interessante é que nos países hispânicos da América Latina, ele é chamado de Papá Noel, assim como na Espanha. No Chile, porém, ele é chamado de Viejo Pascuero (“Velho da Páscoa”), porque nesse país, o tempo natalino é conhecido como Páscua de la Navidad, enquanto o verdadeiro tempo pascal é chamado de Páscua de la Resurrección.
Nos países insulares do Caribe, ele é chamado de Santa Clós, uma corruptela do nome norte-americano, mas costuma atender pelo apelido de Colacho.
Seja rico ou seja pobre… ♪♫♪
“Mas e aquele bode preto diabólico lá, o tal de Krampus?” – eu escuto você falando, lá do fundo da sala. Mas vocês são atrevidos, hein! Bem, vamos lá.
Como vocês já sabem, os costumes natalinos herdaram elementos da Caçada Selvagem de Odin, e muitas vezes o Bom Velhinho vem acompanhado de um cortejo de personagens, sejam eles rivais ou ajudantes. Como eles não são exatamente gift-bringers, vou deixar para falar deles em outro artigo (provavelmente no ano que vem!).
Entretanto, uma figura se destaca nessa categoria: o Belsnickel, ou “Nicolau Peludo”. Essa personagem misteriosa surgiu como um desses acompanhantes natalinos, que perseguem ou atrapalham o trabalho dos presenteadores. Com o passar do tempo, porém, ele evoluiu com a cultura local do povo das florestas do sul da Alemanha, se tornando, ele próprio, um gift-bringer.

O Peludo agrupa características físicas dos presenteadores que você acabou de conhecer: túnica longa, ar solene, barba comprida e uma bolsa de brinquedos. Contudo, ele também tem os elementos dos rivais comuns: cor escura nas vestimentas, comportamento ameaçador, e traz instrumentos assustadores, como um chicote ou galho para castigar as crianças mal-comportadas.

As representações do Belsnickel começaram com a aparência bestial (e caprina) de figuras como o Krampus. Décadas depois, a cara feia passou a ser retratada apenas como uma máscara, e o corpo peludo como um casaco fechado de peles. Nos tempos atuais, graças à influência do Santa Claus americano, o Belsnickel vem, também, perdendo seus elementos de susto, e costuma ser representado como um Papai Noel franciscano: com um hábito castanho remendado.

Sim, eu gosto muito de tabelas, então lá vai mais uma:
País | Nome do Nicolau Peludo |
Alemanha | Belsnickel |
Brasil | Pensinique |
Canadá | Pelsnichol |
Estados Unidos | Bels-nickle |
França e Luxemburgo | Pelznickel |
E no Oriente?
O intercâmbio cultural entre as duas metades dessa laranja azul, que é o mundo, vai muito além da canção natalina composta por John Lennon, interpretada pela Simone e que menciona os bombardeios contra Hiroshima e Nagasaki…

O gift-bringer mais antigo no Extremo Oriente é o Ovliin Ovoô, versão do Ded Moroz russo com trajes do norte da Mongólia. Mas o século 20 e suas guerras e dinâmicas comerciais levaram mais do que dinheiro e produtos de um lado para o outro, fazendo figuras muito interessantes surgirem nas culturas de olhos puxados.

Na China, o folclore local possui uma figura muito interessante, chamada Lan Khoong, ou “Velho Gentil”, que é uma espécie de divindade ligada à boa sorte e às pequenas felicidades. Com a chegada do Santa Claus americano, as duas figuras se uniram, criando o Shengdan Laoren, que mistura os dois, trazendo características do Noel e vestes tradicionais chinesas.

Os chineses mais tradicionalistas, no interior do país, rejeitam a influência ocidental, representando-o vestido com roupas semelhantes às usadas pelos nobres da dinastia Han, de um vermelho muito vivo, alaranjado, e com detalhes e enfeites de ouro. Entretanto, mais ao sul e no litoral, ele aparece de maneira familiar para nós do lado de cá.

Um detalhe interessante, e engraçado, é que os chineses não associam o Noel à época natalina, mas ao ato de dar e receber presentes. Assim, é comum vê-lo durante o ano todo, em cartões de aniversário e felicitações em geral.

Do outro lado do mar, no Japão, há figuras semelhantes relacionadas à sorte no folclore Shintô. Eles são os Shichifukujin, ou “Sete Deuses da Sorte”. Esses seres não são exatamente divindades, mas noragami, espíritos viajantes ou personificações de conceitos relacionados à sorte. O mais famoso entre essas figuras é chamado de Hotei ou Budai, associado à sorte nos negócios, à fartura e à prosperidade. Ele é muito popular aqui no Ocidente, sob a imagem de um homenzinho gordo e sorridente, segurando moedas.

Somando esta figura com o Santa Claus, nasceu o Hoteiosho, que costuma ser representado de muitas maneiras, variando entre o gordinho tradicional e a versão idêntica ao americano. Ele também é chamado de Santa Kuroosu ou Santa-san.

A Terra do Sol Nascente foi, provavelmente, o país oriental em que a americanização foi mais forte, e isso é visível em diversos aspectos, mas principalmente no consumo. Por exemplo, se você for à casa de qualquer pessoa ou família que celebre o Natal, vocês vão cear numa mesa farta de… frango frito à moda americana!

Graças à publicidade intensa do KFC, que utiliza como logo um homem de cabelo e barba branca (chamado Colonel Sanders), o prato virou costume natalino nas áreas metropolitanas nipônicas, e filas quilométricas se formam nas noites finais de dezembro.

Na Coréia do Sul, o Papai Noel assumiu a forma do Haraboji. Ele se veste de azul ou verde, evitando as cores rubras do regime norte-coreano. Por aquelas bandas o costume mais comum é presentear as pessoas com dinheiro., e cartões desejando sorte.

Bem mais ao sul, nas águas do Oceano Pacífico, os povos da cultura maori, habitantes das ilhas quentes em torno da Austrália e da Nova Zelândia, também absorveram o Santa Claus com elementos do seu folclore particular. Lá, ele é chamado de Hana Koko, e usa roupas apropriadas ao verão do Hemisfério Sul.

Pequenos notáveis
Falando em espíritos e divindades, os gift-bringers nos países escandinavos são descendentes (culturalmente falando) dos duendes e gnomos da mitologia nórdica. Eles são chamados de Yultomten ou “gnomos do Yule”. Um tomte costuma ser representado como um homenzinho de barba branca e chapéu vermelho.

Como existem muitas crianças, os nórdicos não acreditam que uma única pessoa pudesse entregar os presentes de todos. Então, há um presenteador para cada família. Eles são numerosos e também bagunceiros e temperamentais. O mesmo tomte presenteia as criança da sua família protegida, e prega peças nas crianças de uma família rival, roubando ou estragando presentes, dando nós em cabelos ou cadarços para provocar quedas.

Na Dinamarca, que é a parte continental da Escandinávia, os tomten são chamados de nissen, nome que se espalhou (até pela proximidade) para outras culturas, como a germânica e a francesa. Assim, surgiram os duendes dos contos de fadas, como nas obras de Andersen e dos Grimm (eles são chamados, no singular, de nisse ou nixie, nos originais, mas as traduções para inglês os definem como goblin ou gnome).

Já na Islândia, que é o país mais distante (e por isso, menos cristianizado), eles são chamados de Jolásveinar, “Os moleques do Yule”. Nessa região, eles são considerados os 13 filhos de uma jötunna (giganta de gelo) chamada Gryla. Aqui, eles visitam as crianças em dias específicos, e elas deixam sapatos ou meias com as comidas que cada tomte prefere (como os antigos faziam para agradar o cavalo de Odin na Caçada). Cada tomte vai embora em um dia também específico, e se a criança tiver deixado a oferenda correta, ele deixa um presente em troca.

Foram as tradições dos yultomten que inspiraram os duendes e elfos ajudantes do Papai Noel, nas versões continentais.

Outras figuras do Natal, por aí afora
No extremo norte da Europa, no interior mais gelado dos países escandinavos, uma figura muito curiosa é quem traz os presentes no Natal: é o Joulupukki, o “Bode do Yule”. Traçando suas origens aos cultos pagãos nórdicos, o Bode do Natal surgiu na lenda de Thor, deus do trovão do povo viking. O barbudo enviava Tanngrisnir, seu bode branco de estimação, com uma bolsa de mantimentos para seus devotos conseguirem sobreviver ao inverno.

A cristianização pegou pesado com o Joulupukki, que era um bode, símbolo fortemente associado às religiões pagãs e aos cultos de fertilidade, além da relação (apenas iconográfica) com as representações do Diabo na Idade Média. Assim, ele deixou de ser um bode e passou a ser um homem acompanhado por um bode, do modo como São Nicolau é acompanhado por um cavalo ou jumentinho.
Contudo, nem a antropomorfização foi suficiente, e o Joulupukki acabou sendo ainda mais transformado, passando a ser acompanhado por uma rena, ficando virtualmente idêntico ao Papai Noel que conhecemos.

Descendo para terras mais quentes, na Galiza, um dos antigos reinos componentes da Espanha, que fica ao norte de Portugal, o presenteador é a figura de um carvoeiro, conhecido como Apalpador. Em alguns lugares, ele também é chamado de Tientapanzas, algo como o “Testador-de-panças”; ou ainda de Pandigueiro.

Representado como um homem maltrapilho, de roupas remendadas, mas gentil e sorridente, ele tem esse nome porque apalpa, durante a noite, a barriga das crianças; para verificar se elas comeram direito, durante o ano. As que estiverem mais gordinhas são recompensadas com presentes, deixados em cima de sua barriga. Aos magrinhos, ele deixa um pedaço de carvão (para acender mais o fogão e cozinhar? Talvez…).

Em outro reino espanhol, nas Astúrias, que fica no litoral norte do país, o presenteador é um pescador chamado de El Angulero, ou “o Peixeiro”. Brincalhão, e vestindo uma longa capa amarela de chuva, ele traz os presentes do mar, em um barco mágico que aparece do meio da neblina, sinalizado pela luz de um lampião bruxuleante. A barba castanha e o riso forte são a marca que diferencia o Angulero de outros gift-bringers.

Já em Navarra, o reino espanhol localizado na fronteira com a França, o presenteador é um homem chamado Olentzero. Essa figura tem sua origem no folclore basco (que é uma cultura tão peculiar e interessante, que merecia um artigo só para falar disso).
O nome do Olentzero é uma palavra do idioma euskara, mas não tem tradução aparente. Ele é um gigante que trabalha nas minas, mas que sai todos os anos das montanhas onde vive para trazer presentes para as crianças e avisar a todos que a segunda vinda de Cristo está próxima.

Ele é representado como um gigante, carregando uma sacola de presentes em uma mão e uma lanterna na outra. Ele veste um colete de lã e lenço no pescoço, usa calças de tecido escuro; e está sempre fumando. Para simular seu tamanho gigante, os bascos e os navarros fazem grandes bonecos do Olentzero para as festividades de Natal, e essa foi a origem dos bonecões que aparecem no folclore do nordeste brasileiro.

No litoral leste da Espanha, na região da Catalunha, uma figura ainda mais curiosa povoa as mentes das crianças ibéricas: o Tió de Nadal. O nome pode se referir ao próprio Papai Noel, mas as versões mais tradicionais o representam como um boneco feito de um toco de madeira (tió, na lingua catalã). O toco é decorado com perninhas, olhos, e roupas natalinas. No reino de Aragão, outra região espanhola, ele é chamado de Tizón de Nadal, no dialeto local, o aragonês.

Durante o tempo do Advento, os adultos e as próprias crianças vão “alimentando” o Toco, colocando um pouco de doces e outros presentes em seu interior, até o dia do Natal, ocasião em que ele é posto para defecar. Sim, pode rir.

As crianças ficam em volta do toco, usando galhos ou pedaços de pau, e batem para quebrá-lo para que ele libere os doces e presentes. Tudo isso ao som de cantigas, sendo a principal uma que diz: “Caga tió, caga torró/ avellanes i mató/ si no cagues bé/ et te daré/ un cop de bastó”

No fronteira entre México e Estados Unidos, nos territórios onde a cultura é um híbrido entre o que foi trazido pelos colonizadores espanhóis, o que era praticado pelos nativos pré-colombianos e o que foi difundido pela influência estadunidense, surgiu outra figura muito peculiar, o Pancho Claus.

Vestindo um poncho colorido com desenhos nahuatl, e trazendo à cabeça um imenso sombrero vermelho, o presenteador mexicano vem do sul, na crença das crianças. Com a força de movimentos de preservação das tradições culturais dos latinoamericanos, o Pancho Claus foi ficando cada vez mais popular, e pode ser encontrado por todas as partes da América do Norte e da América Central.
De volta à Europa, no interior da Itália, temos outra figura muito rara, conhecida como La Befana. Essa presenteadora é uma feiticeira que voa numa vassoura (ou num galho de árvore comprido), entregando presentes para as crianças no dia da Epifania (6 de janeiro, que costumamos chamar aqui de “Dia de Reis”).

O nome da Befana é uma corruptela do próprio nome do dia sagrado em que ela age. A crença é de que ela é semelhante aos reis-magos, uma autoridade de antigas religiões que decide reverenciar Jesus como o verdadeiro salvador da humanidade.
A origem dessa personagem está no culto de Estrênia, uma deusa romana benevolente que percorria os campos e florestas abençoando as pessoas com boas ideias, comida e remédios. Esse arquétipo acabou influenciando a cultura e a literatura sob a forma de magas ou mestras sábias e bondosas.

Imigrantes italianos levaram a Befana para outros cantos, e em cada lugar ela foi sincretizada com lendas dos folclores locais. Na Espanha, no reino de León, ela é chamada de La Vieja (“A Velha”), enquanto na Rússia, ela é conhecida como Baboushka (“Vovó”).

No mundo islâmico, o Natal é celebrado muito timidamente, mesmo porque, em muitos países, não há interesse por parte da população, ou não há permissão por parte dos governos teocráticos. Contudo a influência massiva do costume ocidental pode ser sentida, também, pelas bandas de lá.

Nas comunidades cristãs coptas, siríacas e caldéias, o Natal é celebrado de maneira discreta e litúrgica, com a participação na missa e nos cultos domésticos. Um rito muito bonito é o que envolve o acendimento de uma pira, representando a grande luz que é o nascimento de Cristo.

Nos países com melhores relações com o Ocidente, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, é possível encontrar iluminações natalinas semelhantes às nossas, além de árvores enfeitadas naturais e artificiais. Papais Noéis e presépios são raros, entretanto.

A única provável exceção é uma figura folclórica iraniana, que surge próximo ao equinócio da primavera (por volta de 20 de março), no ano novo persa. Nesta época, Amu Nowruz, o “Tio do Ano Novo”, atravessa o deserto com presentes para todos, enquanto segue sua jornada para encontrar sua amada esposa, Naneh Sarma (a “Vovó Neve”). Ele representa a primavera, enquanto ela representa o inverno, e o equinócio é o unico momento do ano em que estas estações se tocam.

Ele é representado como um mercador com roupas coloridas e rosadas, um grande sorriso e comportamento muito generoso. Além disso, Amu Nowruz é acompanhado pelo esperto e divertido Hajji Firuz (o “Mestre Safo”, ou “Senhor Sabichão”), um homem negro que fala por enigmas e prega peças, e representa o verão.

Ouro, incenso e mirra
Nem todos os presenteadores são apenas folclóricos ou comerciais. Assim como acontece com São Nicolau, há outras tradições natalinas associadas a santos cristãos. No sul da Itália, na Lombardia, no Vêneto e principalmente na ilha da Sicília, quem traz os presentes para as crianças é a jovem Santa Lúcia, ou Luzia, como também é conhecida no Brasil.
A moça foi martirizada no século 2, quando os imperadores romanos perseguiam os cristãos fervorosos. A devoção a ela ficou muito popular nos tempos do proto-cristianismo, e se espalhou por toda a Europa. Aqui no Brasil, ela é mais reconhecida por seus atributos religiosos: uma folha de palma e um prato com dois olhos. Entretanto outro atributo importante à sua iconografia visual é a vela acesa, derivada de seu nome em latim Lucis, que significa “luz”, e representa a luz de Cristo, que ela porta com sua santidade.

Antes da reforma do calendário litúrgico, o dia de Santa Luzia era comemorado em 21 de dezembro, data do solstício de inverno e ponto focal das celebrações natalinas de todas as culturas, como vimos acima. Foi por isso que ela começou a ser considerada uma presenteadora.
Mesmo depois da reforma que passou sua celebração para o dia 13 de dezembro, o costume permanece em muitos lugares. As crianças italianas deixam café para Santa Lúcia (ela gosta, porque tem que trabalhar durante à noite), cenoura para seu burrinho que carrega os presentes, e um pouco de vinho para seu ajudante Castaldo (ele sente muito frio). Se alguém tentar espiar em quanto ela deixa os presentes, Luzia joga carvão e cinzas na cara deles!

Nos países eslavos que ficam do outro lado do Mar Adriático, como a Croácia, as crianças são ensinadas a plantar sementes de trigo em volta de um arranjo feito com as plantas adveniais. Ao longo das semanas, com a observância do costume, os brotos germinam e ficam grandinhos quando chega o Natal, sendo então cortados e deixados debaixo da árvore, como alimento para o burro de Luzia.

Já nos países escandinavos, como a Suécia, a influência italiana também levou a devoção por Santa Luzia, e muitas comemorações locais são feitas nesta época, em homenagem a ela. Uma menina é escolhida para representar a santa, e eles a vestem com uma túnica branca, amarrada com uma fita vermelha (sinal do martírio). Ela é coroada com as velas acesas do Advento, e lidera um cortejo de meninas vestidas de branco, segurando cada uma vela acesa, também.

Os meninos, enquanto isso, participam vestidos de stijarngossar, algo como “filhos das estrelas”, usando túnicas semelhantes, e chapéus cônicos decorados com estrelas. Os menores, às vezes, ficam vestidos de tomten (como você viu acima), ou então de homenzinhos de gengibre. Uma iguaria típica desse evento é o Lussekatt, um bolo com especiarias.

No Mediterrâneo e no Egeu, a cultura helênica e bizantina ensina que as crianças esperam pelos presentes no primeiro dia de janeiro, quando eles são trazidos por São Basílio, conhecido na Grécia, Chipre e Turquia como Hágios Vasilis. Neste dia, serve-se um bolo tradicional chamado de vasilopita, que deve ser saboreado com cuidado, porque tem uma moeda dentro!

São Basílio de Cesaréia é um Doutor da Igreja, um título dado aos santos que consolidaram as bases da Tradição cristã. Seus escritos formam uma parte muito importante das noções teológicas que todos os ramos cristãos seguem, nos dias de hoje. Seu costume de evangelizar presenteando (análogo ao comportamento generoso de São Nicolau) acabou persistindo na cultura grega, de forma que ele é muitas vezes preferido, em oposição a Nicolau ou o Noel americano.

Trajando vestes clericais e uma casula escura de tons azuis ou esverdeados, Basílio pode ser reconhecido e diferenciado por sua longa barba negra, marca de sua vida monástica. No dia de sua celebração, as famílias se reúnem para cear e festejar, além de praticar obras de caridade com os mais pobres, doando comida e roupas.

Nos tempos mais recentes, sua figura também vem sendo sincretizada ou suplantada pelo Santa Claus, de forma que fica cada vez mais raro ver o santo por aí.
Completando o ciclo religioso de figuras presenteadoras, estão os Reis-Magos, figuras misteriosas que são mencionadas superficialmente na narrativa bíblica do Natal cristão. Apesar do texto não citar seus nomes, origens e quantidade, a tradição tratou de fixá-los ainda nos primeiros séculos da Cristandade.

Como são três presentes, o número de três sábios foi rapidamente aceito, sendo que suas referências mais antigas remontam a um texto chamado Excerpta Latina Barbari, escrito em Alexandria no século 5, e referenciando fontes muito mais antigas, mas que se perderam.
A palavra grega para “sábio” é mágos, que São Jerônimo traduziu como magus, em latim. Porém, traduções mais modernas evitam associar o termo à magia propriamente dita, para evitar confusões com as práticas condenadas pelas denominações cristãs.
Já o título de “reis” se deve aos presentes caros que eles trouxeram, bem como o prestígio que tinham, para serem aceitos na presença do rei Herodes. Além disso, o status real dos três visitantes confirmaria a profecia presente no Salmo 72, que diz: “Todos os reis hão de adorá-Lo”.

Assim, Caspar (ou Gaspar, por aqui), Melquior e Baltazar ficaram famosos da maneira como conhecemos hoje.
No tempo natalino, os Reis-Magos são especialmente populares no mundo ibérico, se espalhando no reino de Castela, no coração da Espanha, e também em Portugal, de onde vieram, por meio da colonização na Renascença, para todo o continente americano.

Eles vêm de seus reinos montados em camelos, para visitar as crianças no dia da Epifania. No dia anterior, 5 de janeiro, as crianças cortam o capim dos jardins e podam as árvores, deixando as folhas verdes frescas debaixo de suas camas, para alimentar os camelos, e encontram os presentes na manhã seguinte, em meio ao que sobrou.

A iguaria típica desse dia é o Roscón de los Reyes, ou o bolo-de-reis, que é um bolo ou pão doce, em formato circular e furado no meio. Dentro do bolo, separados, estão um bonequinho de um rei-mago e também uma fava. O conviva que achar o bonequinho é coroado com um enfeite de papel, e ganha um presente, enquanto quem achar a fava tem que pagar uma prenda, ou fica devendo um favor ao que ganhou a coroa.

Na Europa central católica, em regiões da Áustria, Polônia, Alemanha e Suíça, os Três Reis também são muito cultuados nesse tempo natalino. As famílias marcam as portas de suas casas com giz, escrevendo a marca C+M+B, formada pelas iniciais dos Reis-Magos, mas como um monograma da expressão em latim: Christus Mansionem Benedicat, que significa “Que Cristo abençoe esta casa”. Nestas regiões, sobrevive o costume medieval de encenar peças de teatro populares nas ruas, e as crianças se fantasiam de personagens bíblicos, natalinos e adveniais, pedindo doces nas casas e cantando canções relacionadas às festividades.

Pra não perdermos o costume, confira a tabela:
País | Nome dos Três |
Andorra | Els Tres Reis |
Espanha | Los Tres Reyes Magos |
Eslovênia | Sveti trije kralji |
Portugal | Três Reis-Magos |
O verdadeiro Aniversariante
Depois de analisarmos as figuras que nasceram do folclore, do comércio e da religião, eu preferi deixar o presenteador mais importante e significativo para o final.
No século 16, o monge agostiniano Martinho Lutero começou um movimento que mudaria radicalmente toda a história do mundo, o Protestantismo. As visões críticas que ele interpôs ao cristianismo histórico, e a Reforma que ele propôs, alteraram para sempre o entendimento sobre os ensinamentos de Jesus Cristo, e também o comportamento dos fiéis, de todos os ramos.
Por isso, no berço das ideias protestantes, já naquela época, o povo germânico começou a tentar erradicar as figuras pagãs e católicas dos costumes populares de Natal. Assim, as crianças alemãs começaram as esperar os presentes sendo entregues pelo próprio Menino Jesus, ou Christkindl, em alemão.

Ele chega silencioso na noite da Véspera de Natal, vestindo uma túnica branca com detalhes dourados, que são as cores litúrgicas deste tempo. As representações mais antigas traziam o Menino montando num burrinho, mas ele também costuma ser desenhado com asas, como as de um anjo.

As idas e vindas da religiosidade fizeram com que o costume de esperar o Menino Jesus como presenteador fosse adotado também pelos católicos, além de se espalhar conforme a influência dos protestantes era exportada para novos lugares. Dessa maneira, ele é cultuado em vários lugares da Europa, e também das Américas.

Nos dias atuais, com os processos de secularização, e a presença massiva do Papai Noel nas propagandas, o Christkind permanece assimilado de uma maneira sincrética, e é possível ver os personagens coexistindo, aqui e ali. Nos Estados Unidos, por exemplo, existem regiões interioranas onde o Santa Claus é chamado de Kriss Kringle, uma corruptela do nome alemão do Menino Jesus.

E uma última tabela:
País | Nome da Criança Santa |
Alemanha | Chriskindl |
Bélgica | Le Petit Jesus |
Croácia | Mali Isús |
Eslovênia | Jezuscek |
Espanha | El Niño Diós ou Niño Jesús |
França | Le Petit Jesus |
Hungria | Jezuska |
Itália | Gesú Bambino |
Liechtenstein | Christkind |
Luxemburgo | Christkind |
Polônia | Dzieciatko |
Portugal | Menino Jesus |
República Tcheca | Jezisek |
Romênia | Kis Jezus |
Suíça | Christkind ou Gesú Bambino |
Foi uma jornada imensa, eu sei. Imagino que você deva estar muito cansado com tantas informações. Mas eu gostaria de agradecer pela sua companhia, e espero que você tenha gostado de me acompanhar por tantos povos e países, conhecendo as culturas das pessoas do nosso mundo. Esses conhecimentos (e as imagens) ficam como um presente meu, para você e seus amigos.
Se você gostou de ler essas curiosidades sobre diversas tradições mundiais, peço que comente ali abaixo, dividindo suas impressões ou dúvidas. Fico muito feliz de poder interagir com os meus leitores e amigos.

Mais uma vez, deixo a você meus votos de um Feliz Natal, e espero que possamos nos encontrar de novo!
Adorei a expressão gift-bringers. Interessante a quantidade de personagens envolvidos com essa expressão. Também gostei do pancho-claus e do cuidado de não chamar Hotei de Buda 🙂
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Sim, praticamente todas as culturas manifestaram o conceito de alguma maneira.
Obrigado pelo carinho!
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